Juca Kfouri

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Reportagem

Wlamir Marques, o Diabo Loiro

Aos 87 anos despede-se das quadras da vida o extraordinário Wlamir Marques, um dos melhores craques do basquete mundial, eternizado no Hall da Fama da Fiba, a Federação Internacional de Basquete e com seu nome no ginásio poliesportivo de Parque São Jorge, onde brilhou.

Bicampeão mundial pela seleção brasileira em 1959/63, campeão de tudo pelo Corinthians depois de ter jogado no XV de Novembro de Piracicaba, ganhou, também, duas medalhas de bronze olímpicas, em 1960/64.

Fez dupla histórica com Amaury Pasos no Corinthians, a dupla Pelé e Coutinho do basquete nacional.

Ambos quando perguntados quem era o Pelé apontavam para o outro.

Em 1965, no ginásio que hoje tem seu nome, Wlamir participou do primeiro jogo em que os dois quintetos ultrapassaram a marca dos 100 pontos no Brasil, na vitória corintiana sobre o Real Madrid, bicampeão europeu, por 118 a 109.

Ele marcou 40 pontos e inaugurou, com o pivô Ubiratan, a chamada ponte aérea, quando o arremessador manda a bola para área da cesta e o companheiro a enterra.

Era chamado de Diabo Loiro, tantas as diabruras que aprontava nas quadras pelo mundo afora, uma flecha nas infiltrações pelo garrafão invariavelmente culminadas com bandejas espetaculares.

Trabalhou também como treinador e como comentarista na ESPN.

O Diabo Loiro agora paira como anjo no mundo da bola laranja.

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Jamais será esquecido.

Reportagem

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